sábado, 4 de maio de 2013

O Amor e o Ser Feliz


 

É muito ruim quando colocamos nossa felicidade nas mãos de alguém. É muito triste perceber que só nos sentimos felizes quando somos aceitos por outra pessoa; e dependendo da ocasião, essa pessoa muda de rosto freqüentemente. Torna-se o amigo, a amiga, a filha, a irmã, o patrão, o colega de trabalho, e até mesmo um estranho na rua. Onde está o desequilíbrio? Se somos 100% responsáveis por nosso atos, e por isto, totalmente responsáveis por nossas vidas, então nós somos o próprio desequilíbrio.

Buscamos loucamente um sinal que nos ajude a sair desse labirinto. Sim, por que quando percebemos que deixamos de ser felizes por causa do julgamento ou aprovação do outro, sentimo-nos num labirinto. Muitas vezes, sem saída.

Então, começamos a usar de artimanhas sem fim. Repetimos palavras positivas, olhamos para as coisas boas que fizemos, admitimos o quanto somos pessoas maravilhosas. Buscamos a aprovação interior. Mas ainda assim, continuamos no labirinto.

E tudo acontece numa questão de segundos, quando a consciência nos alerta: “Ôpa, estamos no labirinto outra vez.” E então, a mente é absorvida pelo negativo novamente. E nesse segundo tentamos nos deter, em vão, pois o segundo inicial já passou. E novamente o labirinto.

Daí sucede que vagueamos em tudo já lido e aprendido com os grandes mestres, como Osho, Krishnamurti, Pema Chodron, Deepak Chopra, Joe Vitalle. E as leituras de Krishnamurti e Pema Chodron surgem vívidas em alguns casos: observar sem julgar, sentir, sentir, sentir... apenas sentir.

Como é difícil apenas sentir. Ainda precisamos da mente para direcionar os sentimentos negativos para fora, ou eles implodirão em nossos corpos.

Como sair desse labirinto que criamos de tempos em tempos? O que aconteceu em nossas vidas que levou a isto? Procuramos por um insight, novamente em vão.

Colocamos em prática o Ho'oponopono, a respiração polarizada, a meditação ativa, a meditação passiva. Inicialmente com uma intenção, mas nenhum alívio surge.

E vagarosamente, murmuramos frases com a intenção de desaparecer e se entregar ao Divino. E torna-se este mais um ensinamento na prática. Somos computadores programados para agir e reagir sempre da mesma maneira.

Segundo alguns sábios, existem algumas saídas: apenas observar o sentimento; praticar pensamentos positivos; ter clara consciência sobre eles.

Mas nada disso importa. Importa sair desse labirinto. Importa achar a saída, a porta. E nessa saída terá uma grande placa: AMOR  

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os Sonhos


Ah, os sonhos são divinos

Nos levam onde nossos pés jamais alcançariam

Suportam as emoções mais loucas

Que nossos corpos não aguentariam.

Não se passa um dia sequer que eu não sonhe!

Sonhar faz bem, alimenta a alma e o corpo cansado.

Traduz para a consciência fatos que teimamos em esquecer.

Ah os sonhos são como a lua cheia quando é noite,

O sol quente pela manhã e a brisa suave ao entardecer.

 

sábado, 13 de abril de 2013

Deixa chover

 

Ah a Raiva, esse sentimento é como uma sombra. É como a sensação térmica que sentimos no alto verão do Rio de Janeiro: uma camada densa pairando sobre nós e sua essência nos cercando por todos os lados.

Percebemos o início da Raiva como uma nuvem escura que se forma quando somos destratados, maltratados ou ignorados por desconhecidos, familiares ou amigos. Basta um toque de algum de nossos semelhantes, um toque errado, ou a falta do toque certo, para esse sentimento subir como uma nuvem pesada sobre nós.

E por que isso acontece? Como desenvolvemos essa nuvem? Ou melhor, como permitimos que essa nuvem fique pairando sobre nossa cabeça e, por fim, reagimos mal a ela? Na verdade, essa nuvem representa um fardo, algo que não suportamos carregar, mas também que não conseguimos identificar de imediato e, assim, nos livrar.

Podemos também comparar a Raiva com uma mochila muito pesada. Se quisermos carregar essa mochila, precisamos retirar dela os objetos mais pesados, do contrário, será melhor deixá-la quieta em algum lugar.

A Raiva tem enorme peso emocional. As nossas neuroses somadas às neuroses das pessoas com quem convivemos pode facilmente formar essa nuvem, esse peso emocional. Afinal, neuroses estão por toda a parte. Nascemos dentro delas, pois são inerentes a própria vida, que por si só é conflitiva. Ninguém consegue parar a vida. Daí, nossa natureza inquieta. Carregamos a vida conflitiva e inquieta dentro de nós. Mas e aquela nuvem escura?

Embora estejamos vivos, somos diferentes da vida, nossos ritmos são diferentes. Podemos nos parar quando queremos. Podemos relaxar. Temos ritmos parecidos com a natureza, e devemos aprender com ela. É notável que mesmo durante o alto verão do Rio de Janeiro, aquela camada densa de calor se esvazia e a chuva cai impiedosamente nos aliviando, nos tirando do sufoco.

E igual a natureza, devemos aprender a deixar chover. Aprender a deixar sair as neuroses. Começar a reconhecer e a retirar os itens mais pesados de nossas mochilas. Exercitar a vontade interior de caminhar numa estrada mais leve. Buscar diariamente a nossa própria Paz.

E podemos ainda usar a nossa inquietude para aprimorar cada vez mais esse viver de aprendizado. Ir mais fundo e aprender alguma coisa importante para nossa própria vida. Com mais prática, aprender a cuidar de algo valioso para o outro. E assim, seguir libertando-se dessa nuvem escura.

Acredite, pois, podemos deixar chover.