segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Vento Venturini

 


As luzes se acenderam

E todos contemplamos

Atraídos pela magia, aquele som;

Musicalidade complexa,

Infinita declaração de amor

Em forma de canção,

Ou seria em forma de vento?


Vento que vinha de Venturini,

Poeta nato, apaixonante e apaixonado.

Cadê você, Espanhola,

Que nem ao menos tem os olhos

Azuis como todo o azul do céu?

E nos olhos castanhos da platéia 

Sorrisos brotavam misturados

Com as lágrimas provocadas pelo

Efeito daquela poesia.


Som místico, trabalha melhor nossa musicalidade.

Desperta em nós o sonho

De nos tornarmos tão puro

Como o universo na vida que a gente

Cansou de procurar.


Afinal, foi a primeira vez

Que todos nós vimos o céu

Se unindo ao mar.

E quem sabe um dia, não tão distante,

E por outra mera distração,

Conseguiremos formar o nosso

Mais perfeito horizonte.


Enfim, foi assim, de verdade, a primeira vez

Que todos nós vimos,

Um pedacinho do céu

Se confundir com todo o azul do mar.


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